8 em cada 10 brasileiros estão endividados. Como driblar a inadimplência na sua clínica odontológica?

A inadimplência segue sendo um forte problema no país. De acordo com dados de uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva em parceria com a MFM Tecnologia, a cada dez brasileiros, oito estão endividados. Outros estudos reforçam essa informação. Dados da CNC (Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo), divulgados em setembro de 2023, apontam que 77,4% da população tinha dívidas no mês anterior. A mesma pesquisa mostrou que a porcentagem de brasileiros que afirmaram não ter dinheiro para pagar dívidas alcançou o maior percentual desde 2010.

Esse cenário deve servir de alerta para quem atua na odontologia. Afinal, considerando a média salarial do brasileiro, muitas vezes os custos de tratamentos odontológicos não são acessíveis a todos.
Enquanto o salário mínimo atual tem o valor de R$ 1.412, mesmo os tratamentos mais baratos da Odontologia (como uma restauração mais simples) serão dificilmente encontrados por menos de R$150, o que já representa mais de 10% desse salário.
Mesmo assim, por estarem inseridos na área da saúde, dentistas podem receber pacientes que precisam de tratamentos emergenciais, mesmo estando “apertados” financeiramente.
Taxas de inadimplência de pacientes de clínicas e consultórios odontológicos
Prova da relevância desse assunto para o mercado odontológico é que, segundo o relatório anual mais recente do Grupo TOMAZ, a média nacional de inadimplência de pacientes de clínicas e consultórios odontológicos no Brasil é de 6,7%.
Veja as taxas também por região:

6 práticas essenciais para evitar a inadimplência
Desse modo, se você é um profissional da odontologia e quer driblar a inadimplência, é possível adotar algumas estratégias que podem te apoiar nessa missão. Separamos cinco delas:
1. Seja empático(a), mas não descuidado
Reconhecer e compreender as necessidades individuais de cada paciente é uma parte fundamental da prestação do serviço da odontologia — inclusive quando o assunto é a condição financeira deles.
Porém, tenha cuidado. Antes de oferecer condições especiais é essencial avaliar os casos com cuidado, garantindo que elas não comprometam a sustentabilidade da clínica.
2. Determine boas opções de pagamentos
Você já deve saber que oferecer opções variadas de pagamento pode ajudar a fazer com que a situação financeira de um paciente não seja um impeditivo para o acesso dele aos cuidados odontológicos. Isso é positivo também para clínicas porque permite que elas alcancem mais pessoas.
Mas, mais uma vez, reforçamos que essas opções devem ser escolhidas com cuidado para serem realmente seguras para o negócio. Bons exemplos são o parcelamento por cartão de crédito e o financiamento de tratamentos.
3. Use contratos
Para que você tenha total segurança sobre como proceder em caso de inadimplência, é muito importante que você adote contratos que oficializem o que será feito em cada paciente e as regras de pagamento. Esse tipo de documento pode ajudar muito caso seja necessário entrar na justiça.
Atualmente, existem ferramentas que permitem que esses contratos sejam feitos até mesmo de forma online, com assinatura eletrônica que tem validade jurídica. Busque opções confiáveis e facilite esse processo.
4. Faça um acompanhamento frequente
Assim, ter controle total sobre o financeiro da sua clínica ou consultório é crucial para evitar problemas de inadimplência e pode ser encarado até como uma ação preventiva.
Entre as vantagens, o controle financeiro permite uma visão mais completa sobre as datas de recebimento de pagamentos e de que forma esse dinheiro pode ser utilizado no futuro.
Também é essa clareza sobre a própria receita que vai permitir que você estabeleça com mais tranquilidade as formas de pagamento e condições para cada tratamento.

5. Analise o perfil de crédito do paciente
A análise de crédito dos pacientes também é uma boa prática para evitar inadimplência, principalmente tratando-se de novos pacientes, aqueles com quem o dentista não tem nenhum histórico de pagamento.
Essa prática deve avaliar a capacidade financeira do paciente de cumprir com seus compromissos de pagamento pelos tratamentos odontológicos, por meio de uma pontuação de 0 a 1.000.
Implementar essa prática antes de procedimentos de alto custo não só protege a clínica contra perdas financeiras, mas também contribui para uma relação mais transparente e confiável entre o profissional e o paciente.
6. Organize cobranças
Por fim, estabelecer datas regulares para acompanhar a situação financeira dos pacientes também é fundamental. Isso pode até ajudar a identificar comportamentos pouco comuns de determinada pessoa, notar dificuldades e, se possível, propor acordos para pagamentos.
Contudo, é preciso considerar que, em alguns casos, pacientes podem simplesmente esquecer de realizar um pagamento em meio a correria do dia a dia.
Felizmente, já existem sistemas que podem automatizar o acompanhamento e enviar alertas automáticos sobre pagamentos pendentes ou próximos vencimentos. Essa abordagem proativa não apenas simplifica a gestão financeira da clínica, mas também fortalece a comunicação entre a clínica e os pacientes, resultando em relações mais sólidas e transparentes.

O que fazer se o paciente não pagar?
Em suma, mesmo com um controle cuidadoso, é possível que situações de inadimplência ocorram. Nesses casos, é possível proceder da seguinte forma:

- Converse e mantenha uma postura educada: chame seu paciente para conversar de forma respeitosa e compreensiva. Assim, entenda os motivos por trás do atraso no pagamento e explique as consequências. Manter uma postura educada pode abrir caminho para soluções amigáveis.
- Formalize a cobrança: se o pagamento não ocorrer a partir da comunicação inicial, formalize a cobrança. Então, envie notificações por escrito detalhando o valor devido, datas de vencimento e possíveis multas. Isso cria mais um registro documentado da situação.
- Negocie: com isso, esteja aberto à negociação, mostrando ao paciente que você também quer ajudá-lo. Pode ser possível chegar a uma solução que beneficie ambas as partes, evitando ações mais drásticas.
- Ação jurídica: se todas as tentativas amigáveis falharem, finalmente, recorra a ação jurídica, que ela pode ser necessária. Consulte um profissional especializado em questões odontológicas para orientação sobre os passos legais disponíveis e até, se necessário, o processo judicial.
- Aprenda com isso: finalmente, lembre-se que esse tipo de situação pode servir como aprendizado. Para isso, olhe para os acontecimentos e busque insights que te ajudem a avaliar as políticas de pagamento, reforçar as medidas preventivas e otimizar os processos internos para evitar inadimplências futuras.
Conte com uma ferramenta prática de análise de crédito
Como você deve ter notado, uma das formas de evitar a inadimplência é a adoção da análise prévia de crédito antes de fechar negócio com pacientes. Mas, como essa é uma prática que consome tempo e exige diversos passos, acessando a diferentes sites e cadastros, a maioria dos dentistas não aplica.
Pensando nisso, o Simples Dental trouxe ao mercado o seu mais novo lançamento: a Análise de Crédito facilitada, que você pode fazer em poucos segundos e dentro do próprio software.
Para saber mais sobre esse lançamento, fizemos um artigo completo sobre o assunto. Acompanhe:
Sua Ficha de Anamnese Digital
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AcessarModelo de contrato Serviços Odontológicos
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AcessarGuia Completo Sobre Marketing Para Dentistas
E hoje quero te fazer uma proposta: você aceita responder à pesquisa ao lado? Queremos te conhecer melhor!
Como forma de agradecimento, te presentearemos com o Guia Completo Sobre Marketing Para Dentistas!

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